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Imagine que você faz parte de uma empresa muito bem estruturada em termos de organização, não importa o tamanho, dividida em diferentes setores ou departamentos, tais como: financeiro, recursos humanos, contabilidade, vendas, logística, produção, marketing e assim por diante.

De uma forma ou de outra, as empresas sempre estão divididas por área de especialização ou interesse e existe uma enorme tendência, embora discreta, de competição entre elas, geralmente estimulada pela ambição incontrolável do líder, se é que cabe o nobre título a ele. Em alguns casos, o líder nem fica sabendo da movimentação, mas as forças de coalizão conspiram em meio ao silêncio dos bastidores, ao barulho do chão de fábrica e à descontração do happy hour.

De maneira geral, o comercial não se dá com a produção, o financeiro odeia a contabilidade, o marketing não faz o que comercial imagina que pode ser feito, a produção nunca produz exatamente o que o comercial vende, o comercial nunca vende o que a produção produz e, por fim, a logística não sabe a razão de o comercial se comprometer tanto com algo que ela não pode cumprir. Em resumo, a outra parte nunca faz aquilo que o que você precisa.

Na prática, a sua organização é formada por um bando de alienados que visam o interesse comum, dentro do possível, entretanto, sem se descuidar dos seus interesses particulares que, em princípio, estão acima de tudo. Assim sendo, forma-se um ambiente propício para a criação das forças de coalizão.

Quando algo parecido ocorre, há um desequilíbrio no comprometimento, na motivação e na sinergia entre as partes. Alguém vai deixar de fazer o que deve ser feito considerando que a outra parte conspira por um caminho diferente. As consequências são inevitáveis. A sinergia vai se desintegrando e a mudança de foco provoca um desperdício de energia, vital para a sobrevivência das empresas.

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As forças de coalizão se formam quando os interesses comuns estão em jogo, não necessariamente dentro do mesmo setor, área ou departamento. Basta existir uma leve sintonia entre os interesses que caminham, em geral, de maneira contrária a uma determinada política da empresa, uma estratégia ou até mesmo um determinado estilo de gerenciamento.

Nesse sentido, as forças de coalizão são extremamente prejudiciais para as organizações. Comumente, são movidas por interesses pessoais, nunca por interesses coletivos. A base das forças de coalizão são as queixas improdutivas, ou seja, aquelas que conduzem a juízes pessoais negativos e geram rancor e inimizade entre as facções. Em muitos casos, embora busquem a simpatia e o apoio da massa, buscam vingança e destruição dos oponentes.

Na realidade, o discurso do espírito de equipe é muito bonito na teoria. Na prática, somos aquele gene egoísta bem definido por Richard Dawkins, cientista norte-americano, que não se furta em adotar uma postura competitiva, disfarçada de sorrisos e de hipocrisia. O partido que nos interessa é o da situação, portanto, o que está no poder temporariamente.

A conspiração é o principal instrumento das forças de coalizão. Conspirar significa reunir-se às escondidas, conduzir a juízos negativos, estimular a criação de facções, promover o fortalecimento da organização informal através da fofoca, da discórdia e da rivalidade entre as facções, puxar o tapete alheio, desestabilizar a hierarquia formalmente constituída.

Não é fácil identificar a existência das forças de coalizão, tampouco destruí-las. Elas fazem parte da cultura organizacional e, como o poder alterna de acordo com o ambiente político e econômico das empresas, elas também mudam de mãos rapidamente.

Para evitar a influência negativa das forças de coalizão, eis aqui algumas medidas que podem ser tomadas antecipadamente, sob pena de a organização se transformar num campo de batalhas onde os únicos interesses envolvidos são os daqueles que, possivelmente, não terão sobrevivido depois de a guerra acabar.

Ao tomar conhecimento da sua existência, procure avaliar a extensão e o poder de influência da força de coalizão; até onde ela é positiva ou negativa e se está percebendo corretamente a sua existência;

Coloque o peixe sobre a mesa, como se diz na Sicilia. Depois de um tempo, ele começa a cheirar mal e você é obrigado a limpá-lo, antes que apodreça. Avalie as razões do descontentamento, dos interesses envolvidos e as chances de solucioná-los;

Utilize o diálogo aberto e transparente; se isto não for suficiente para quebrar a resistência, elimine-a; geralmente, em qualquer força de coalizão, há sempre um ou dois que influenciam, o resto se submete; é como eliminar uma cobra, acerte a cabeça e o corpo padece;

Se houver acordo entre as partes, reposicione-os no seu devido lugar, dê-lhes autonomia e responsabilize-os pelos acontecimentos; invoque o espírito de equipe e não tolere reincidência, caso contrário, você nunca terá o domínio sobre elas.

Pense nisso e seja feliz!

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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