Ser autêntico: o que é autenticidade?
Uma pessoa autêntica é aquela que age de acordo com suas crenças, valores e princípios, sem tentar se adequar às expectativas ou opiniões alheias. Ela se expressa de forma honesta e sincera, sem medo de julgamentos ou críticas, e não tem receio de mostrar sua verdadeira personalidade.
Uma pessoa autêntica também é coerente em suas atitudes e comportamentos, e não tenta ser alguém que não é para agradar os outros. Ela assume a responsabilidade por suas ações e decisões, e não tem medo de assumir seus erros, além de aprender com eles.
Além disso, uma pessoa autêntica também é empática e respeita as diferenças dos outros. Ela reconhece que cada indivíduo é único e valoriza as opiniões e perspectivas diferentes das suas.
Em resumo, uma pessoa autêntica é aquela que se conhece bem, age de acordo com seus valores e princípios, e respeita as diferenças dos outros.
Quando o ser humano deixa de ser autêntico?
De acordo com Nathaniel Branden, Ph.D. em Psicologia, as mentiras mais devastadoras para a nossa autoestima não são as que contamos, mas as que vivemos.
Quando a realidade da nossa experiência e a essência do nosso ser é distorcida, vivemos aquilo que comumente se denomina de mentira, ilusão, autoengano, fantasia e, por vezes, falta de integridade. Tão difícil quanto aceitar a realidade é entender a autenticidade.
Se a autenticidade é a característica de quem é autêntico, íntegro, legítimo, verdadeiro, sincero, o ser humano deixa de ser autêntico quando…
- Demonstra superioridade ou inferioridade perante os demais;
- Finge ter problemas para levar vantagem sobre alguém;
- Ostenta uma situação incompatível com a sua realidade profissional e financeira;
- Muda com frequência de credo e opinião;
- Age diferente do que sua consciência manda;
- Deixa-se influenciar pelo comportamento alheio;
- Levanta a voz para fazer valer o seu ponto de vista;
- Renuncia a suas convicções para ser aceito em determinado grupo;
- Vive uma vida que não é sua;
- Acredita mais nos outros do que em si mesmo;
- Preocupa-se mais com os que outros pensam a seu respeito do que você mesmo;
- Fala uma coisa e faz outra.
Ser autêntico exige uma luta constante consigo mesmo. Enquanto você tenta seguir à risca os ensinamentos proferidos por seus pais, amigos do peito e professores inesquecíveis, o mundo ao seu redor sugere o contrário.
Muitas pessoas recebem uma educação que anula a autenticidade. Desde pequenas, aprendem a sorrir para quem não gostam, a negar o que sentem, a revidar em caso de ofensa, a apelar quando necessário e a rejeitar alguns aspectos da sua condição em vez de tentar entendê-los.
Ser pobre ou menos abastado não significa ser inferior, mas não é isso que prevalece. Infelizmente, viver uma vida anônima, simples, com base em valores e princípios bem fundamentados, não tem qualquer atrativo para a mídia em geral que se vale da hipocrisia e da infelicidade alheia.
A sociedade anula o ser autêntico
Atender aos anseios da sociedade significa representa o tempo todo e fazer de tudo, em troca de alguns minutos de fama, exceto aquilo que a sua consciência e o coração mandam. O ser humano só é sincero sozinho, dizia Ralph Waldo Emerson, poeta e ensaísta norteamericano.
Certa vez assisti uma entrevista com um advogado criminalista, que afirmava o seguinte: quando alguém tira a vida de uma pessoa, aquilo provoca dor, desgosto, repulsa e outros sintomas difíceis de serem corrigidos.
Na segunda vez em que isso acontece, existe a uma dor temporária, porém amenizada em função da primeira, que a pessoa já superou. A partir da terceira ou quarta vida tirada, a pessoa incorpora o ato como se fosse algo normal, inerente à condição humana, por questão de sobrevivência, autodefesa, lei do mais forte ou coisa que o valha.
Isso é o que acontece com os corruptos, infiéis, traficantes e estelionatários. Quando se vive em meio à mentira, a pessoa acaba fazendo parte dela e incorporando-a como um meio de vida. Na maioria dos casos, isso não tem volta, a menos que a pessoa sofra por algo semelhante.
Por essas e outras razões, é bem mais fácil falar de autenticidade do que adquiri-la, o que soa um pouco contraditório. Ao nascer, o ser humano permanece autêntico por um bom tempo, entre a infância e parte da adolescência. Depois dessa fase de afirmação, a realidade do mundo modifica o comportamento das pessoas, algumas para o bem, outras nem tanto.
Em nome da sobrevivência, o ser humano tende a se fingir de morto, sufocar a dor, dissimular, bajular, exaltar as qualidades alheias e, por vezes, perder a fé em si mesmo.
Ser autêntico: um desafio permanente
Ser autêntico não significa revelar todos os segredos, entregar-se de corpo e alma numa relação, emitir opiniões controvertidas, dizer tudo o que lhe vem à mente, disparar críticas infundadas ou renunciar às suas convicções.
Conservar a autenticidade é uma tarefa difícil, considerando que o seu “eu interior” precisa estar em sintonia com o seu “eu exterior”. Se por um lado, pessoas autênticas são rotuladas de antipáticas, frias e indiferentes, por outro são mais respeitadas, conseguem mais amigos e transmitem mais confiança, porque se pode contar com elas sem o perigo da hipocrisia, da traição e da mentira.
Pessoas autênticas valorizam a si mesmo e são mais autoconfiantes. Se você consegue expressar seus sentimentos com sinceridade e sutileza ao mesmo tempo, sem ferir os sentimentos alheios, está no caminho certo.
Por fim, lembre-se: ninguém conquista elevado nível de autenticidade sem antes compreender a si mesmo e, depois, o universo ao seu redor. De acordo com Jean Paul Sartre, filósofo francês, o desejo de adquirir a autenticidade nada mais é do que o desejo de a compreender melhor e não a perder.
Quer sabe mais? Leia o meu artigo A importância da inteligência emocional na sua vida
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