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Em diferentes fases da minha vida profissional, eu posso dizer que já fui do céu ao inferno e vice-versa. Houve um tempo em que eu era conhecido como “general”, uma alusão aos tempos da ditadura e ao meu jeito enérgico de resolver os problemas que caiam na minha mão e de tratar os seus portadores.

Embora eu demonstrasse a melhor das intenções e fosse pago para isso, ou seja, garantir os interesses da empresa, o fato é que a rigidez de pensamentos, ideias e atitudes não me levou a lugar algum. Ao contrário, por vários momentos, penso que isso foi prejudicial à minha carreira.

Se eu retroceder um pouco na história, talvez possa explicar, mas não justificar, boa parte do meu comportamento duro e, por vezes, agressivo com as pessoas. Como diz um amigo meu, pura verdade, eu saí do interior, mas o interior não saiu de mim.

Assim como a história de milhares de outras crianças, minha infância não foi nada fácil. Apanhei bastante de cinta, de chinelo, com o cordão do ferro de passar roupa e com a palma da mão mesmo. Levei muito puxão de orelha e cabelo. Uma boa parte deles eu perdi na infância.

 Embora eu fosse o “capeta vestido de gente”, como afirmou certa vez a diretora do colégio para minha mãe, eu queria mesmo era me divertir, brincar e aproveitar o que a vida tinha de melhor. Na infância, estudo e comportamento são coisas que não estão nos nossos planos. Fazemos porque não tem outro jeito. Se dependesse de mim, eu ficava o dia todo na rua brincando.

De acordo com Daniel Goleman, PhD. e autor do best seller Inteligência Emocional, o comportamento humano é determinado por quatro fatores distintos: 1) biologia; 2) cultura; 3) linguagem; 4) história pessoal. Eles são determinantes na sua condição de vida.

O que significa isso? Você não muda a sua história pessoal da noite para o dia, assim, num estalar de dedos. Você é fruto da sua história e dos seus modelos mentais. Mas há um ditado simples dos nossos pais e avós que vai continuar valendo por muitas e muitas gerações: – Deixe estar, filho, a vida ensina!

Por conta de tudo isso, os embates ao longo do caminho foram muitos e sucessivos. Na prática, eu tentei utilizar nas empresas e na vida pessoal o mesmo comportamento rígido utilizado comigo na infância e adolescência. Posso dizer que arranjei alguns inimigos e muitos desafetos.

Foram necessários muitos anos, muita leitura, muitos embates e muitas decepções para ajustar o meu perfil ao perfil exigido pela sociedade. E o ditado da minha mãe se confirmou: – A vida ensina, meu filho!

No início me disseram que eu deveria ser autêntico, ser eu mesmo e todo aquele blá-blá-blá motivacional, mas na prática a teoria é outra. A personalidade forte nada mais é do que a soma das defesas que você cultiva para sobreviver nesse mundo competitivo.

Ao longo do tempo aprendi que é difícil livrar-se de uma personalidade forte. Por outro lado, aprendi também que a vida pode ser bem mais doce e mais simples com uma personalidade agradável. Você não precisa amar o inimigo para conviver pacificamente com ele embora precise manter o seu caráter.

A partir de determinada fase da vida você aprende a construir a arte da flexibilidade, razão pela qual eu quero compartilhar a minha experiência pessoal nesse sentido. Posso dizer que, apesar do aprendizado, teria sido menos doloroso se tivesse ouvido mais a minha mãe e seguido mais o meu coração.

O tempo não dá saltos, diz um amigo de longa data. Foi necessário passar por tudo isso para chegar aonde cheguei. Talvez eu pudesse ter cortado caminho, mas se isso tivesse ocorrido, dificilmente estaria dividindo com vocês essa incrível experiência em relação à arte da flexibilidade.

Hoje, quando vejo meus alunos, profissionais da Geração Y, do mercado em geral e pessoas mais velhas que não exercitam o mínimo de flexibilidade, posso ignorá-los por completo, sem medo nem remorso, e ainda cultivar a esperança de vê-los mudar. O tempo, senhor de todos os mestres, se encarrega de tudo isso.

flexível

Como diria Emerson, o grande pensador norte americano, “o homem é moldado a ferro e marteladas” e, como diria Dona Jamile, minha mãe, que um dia vai para o céu com tripa e tudo, “a vida ensina, meu filho”. E como ensina. Pense nisso e seja feliz!

Ser flexível nesse mundo hipócrita em que vivemos significa lembrar que algumas coisas são necessárias, outras são relevantes e outras podem ser totalmente ignoradas.

Ser flexível e resistente como o bambu é um ditado chinês que pode ser perfeitamente aplicável ao ser humano; você contorna os desafios do vento e ainda se mantém de pé.

Ser flexível é fazer escolhas, portanto, entre discutir e ter razão, sorrir e cerrar os dentes, não tenha dúvida: a razão é a melhor das escolhas e sorriso é o melhor dos antídotos.

Ser flexível é lembrar que o mundo é dinâmico e o tempo perdido é algo que não pode ser recuperado, portanto, antes de qualquer coisa, pare, reflita e escolha; é bem mais fácil mudar um comportamento inadequado do que reverter as suas consequências.

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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