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A indissociabilidade da vida pessoal e profissional [ 3 insights ]

A indissociabilidade da vida pessoal e profissional

Em várias empresas por onde passei havia sempre um adepto do seguinte discurso: eu não levo problemas do trabalho para casa e vice versa; aqui na empresa eu sou profissional. Em casa eu volto a ser uma pessoa comum. Será mesmo?

Ao dizer aquilo o sujeito enchia a boca, estufava o peito e assumia a sua máscara social, comum a todos os seres humanos na face da Terra enquanto eu tentava imaginar qual o tipo de mágica necessário para se conseguir desassociar o pensamento de ambientes tão intimamente ligados.

Você conhece algum pai ou mãe que sai de casa contente para o trabalho ao deixar o filho na cama com 38 graus de febre? Você conhece algum profissional que volta para casa sorrindo depois de levar uma esculachada do chefe na frente dos colegas? Ninguém sai ileso de uma coisas dessas, nem empregado nem chefe. A indissociabilidade vale pra mim, pra você, para todas as pessoas.

A indissociabilidade da vida pessoal e profissional

Assim como é no trabalho é na vida pessoal. Ambos demandam por responsabilidades, metas e objetivos, avaliações, solução de problemas e conflitos de toda ordem, negociações o tempo todo. Em casa é melhor, pois temos o direito de levantar um pouco mais tarde e trabalhar mais à vontade.

Em todas as minhas palestras e treinamentos tenho defendido a indissociabilidade do ser humano no mundo pessoal e no profissional. Existem limites para ambos embora, por não saber distingui-los, algumas pessoas se tornam amargas e infelizes. É difícil acreditar que alguém possa ser diferente utilizando-se da mesma mente, repleta de histórias e de vícios, e do mesmo corpo.

O ser profissional (e não humano)

Já mencionei em outros artigos o caso de milhares de pessoas que saem de casa na segunda-feira, descontentes, já pensando na sexta-feira, com a terrível sensação de que a semana será um verdadeiro inferno. Apenas para relembrar, se isso acontece com você, possivelmente você está no lugar errado.

Por essas e outras razões é que o happy hour faz muito sucesso e as pessoas gastam dinheiro nisso sem se preocupar se vai faltar ou não. Ali você se sente livre da hostilidade corporativa e pode até praticá-la, se quiser, utilizando-se do suave veneno comumente destilado nas mesas de bares e restaurantes na ausência do patrão, do chefe e dos desafetos.

Todos os dias, a despeito da infinidade de problemas que surgem com frequência no seu dia a dia, o ser humano tende a vestir aquilo que os psicólogos chamam de máscara social. Em geral, as pessoas saem de casa dotadas de uma máscara social, ou seja, uma espécie de disfarce que reflete a sua personalidade adaptada à realidade do mundo, não necessariamente a sua, por uma questão de sobrevivência.

A mente das pessoas não está preparada para ver somente o lado bom das coisas nem para se render diante dos fatos que parecem óbvios, e para os quais se exige boa dose de humildade. Portanto, desde cedo elas ficam imaginando o que fazer para sorrir sem vontade diante do chefe, para terminar aquele projeto que foi  solicitado há um mês ou ainda quando encontrar o colega com o qual ele não possui a menor afinidade.

Acredito pouco nas pessoas e nos profissionais – e os profissionais são pessoas – que se dizem diferentes em casa e no trabalho. Tenho em mente a imagem daquele sujeito que foi eleito o empresário do ano, o líder do ano, o político do ano ou a personalidade do ano, entretanto, sua vida pessoal é o caos. De dia sorri para a equipe e de noite enche os filhos de palavrões.

“Na ocorrência de coisas desagradáveis entre vizinhos, o medo chega rápido ao coração e exagera o efeito na outra parte; mas ele é um mau conselheiro e todo homem é na verdade fraco e na aparência forte. A si mesmo, ele parece fraco; aos outros, formidável.”, afirmava Ralph Waldo Emerson. Vale para os vizinhos e para o seus vizinhos no trabalho.

Se “somos aquilo que fazemos repetidamente” e repetidamente nossa maior preocupação é concentrar energia no sucesso e nos defeitos alheios, não importa o ambiente em que nos encontramos, seremos sempre personagens movidos pelo equívoco permanente, com pouca capacidade de discernimento e com tendência ao prejulgamento, na ponta da língua e no fundo da mente.

O mundo espera muito de nós, portanto, é necessário manter-se fiel ao nosso elemento de vida: a verdade. Quando você se mantém fiel a si mesmo e a consciência está em sintonia com o seu coração, as decisões fluem com mais naturalidade e senso de justiça. Neste caso, não importa o campo de batalha.

Convenhamos, é extremamente difícil ser justo e manter a tranquilidade sob pressão, quando o emprego está em jogo, quando as contas estão vencidas ou quando a família está desunida. Poucos de nós foram treinados para enfrentar as adversidades com a serenidade que tanto almejamos.

Contraditoriamente, ainda exigimos firmeza e equilíbrio por parte dos nossos filhos, dos amigos e dos colegas. Nem sempre aquele que nos aconselha utiliza o mesmo conselho para resolver os próprios dilemas.

O fato é que o trabalho é a mola propulsora do desenvolvimento econômico, portanto, gostemos ou não, queiramos ou não, será sempre necessário, um elemento vital para a sobrevivência do ser humano, razão pela qual o balanceamento entre vida e trabalho é fundamental.

O ser humano (e não profissional)

Todo ser humano é refém dos próprios pensamentos, portanto, todo pensamento é também uma prisão. Ele tem o dom de escravizar a si mesmo e de antecipar problemas que nunca acontecem da forma como imagina, o que o leva à demissão antes da hora, ao prejulgamento, ao desequilíbrio físico e psicológico e, portanto, ao sofrimento antecipado e desnecessário.

Depois de quarenta e poucos anos de vida, e muita martelada na cabeça, posso dizer que aprendi um bocado nesse mundo corporativo, motivo pelo qual divido com vocês algumas dicas que podem ajudá-lo a equilibrar os dois lados, com menos sofrimento e mais discernimento, se julgar conveniente aplicá-las por livre e espontânea vontade em sua vida pessoal e profissional.

Acredite ou não, elas funcionam muito bem se você tiver a humildade de olhar para dentro de si mesmo a fim de manter a integridade em ambientes que exigem, princípios e valores inegociáveis, caso contrário, isto não lhe servirá para nada. Vejamos:

  • O ser humano é indissociável: as emoções da relação pessoal e profissional estão intimamente ligadas; procure equilibrar os dois lados, pois ambos precisam de você e vice-versa; há momentos da vida em que precisamos trabalhar um pouco mais, porém há momentos em que a vida pessoal exige mais dedicação do que o trabalho; a indissociabilidade da vida pessoal e profissional é difícil de ser praticada.
  • Não deixe que a fama lhe suba à cabeça: quanto maior o cargo, maior o tombo e mais difícil a recuperação. Poucos estão preparados para recomeçar a caminhada depois de perder o crachá, o plano de saúde, o vale-refeição e, principalmente, o sobrenome da empresa; ao fim de tudo isso, o que conta mesmo é o seu sobrenome de nascença, portanto, não o perca de vista.
  • Família ou trabalho: não se trata de fazer a família entender o quão importante o trabalho é para você, mas o quão importante você é para a família e para as empresas que confiam no seu trabalho.

Definitivamente, não há como separar o lado humano e o profissional. A indissociabilidade é inevitável. O que muda é a percepção do ambiente, a forma como abordamos determinados assuntos e os limites que conseguimos impor a nós mesmos para conservar o caráter e a reputação em ambientes distintos, porém complementares.

Considerando que o trabalho não é toda sua vida e a sua vida não é só trabalho, tudo muda quando você aprende a balancear o tempo para extrair o melhor de cada lado. Não se trata de prioridades, mas de sabedoria para fazer as coisas da melhor forma possível.

Pense nisso, sofra menos, seja mais humano, mais ativo, constituinte e criador do mundo.

Quer saber mais? Leia o meu artigo: A vida é feita de escolhas

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