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Numa determinada fase da vida profissional eu passei por um verdadeiro teste de ferro, sob o ponto de vista emocional e da liderança. Em menos de três meses eu fui obrigado a desmontar uma estrutura de vinte pessoas sob a minha coordenação, enquanto tentava, ao mesmo tempo, amenizar a pressão interna e externa gerada em razão da mudança, além de tentar aproveitar, a qualquer custo, alguns profissionais importantes no processo, mediante transferência para outras gerências ou unidades, sem cometer injustiça com os demais.

Nesse período, eu viajava semanalmente para a unidade onde o trabalho seria absorvido, a quatrocentos quilômetros de casa, a fim de garantir o sucesso da transição e o menor impacto possível sobre os resultados da empresa. Durante a minha ausência o trabalho era coordenado à distancia e eu tentava manter elevado o moral dos colaboradores, porém, o fato é que eles sabiam que toda sexta-feira, quando eu retornava para o local de origem, alguém seria “a bola da vez”.

bola da vez

A fim de amenizar a tortura, e com a esperança remota da sobrevida, os membros da equipe disputavam no palitinho quem seria “a bola da vez”. Apesar de inevitável, o desgaste emocional foi um aprendizado enorme. Obviamente, o anúncio antecipado da mudança reduziu o impacto do sofrimento, pois a maioria tinha em mente que ninguém se salvaria, exceto quem optasse pela transferência para o novo local de trabalho, o que se tornou inviável.

Quase dez anos depois daquele fatídico episódio, tenho acompanhado a carreira dos meus ex-colaboradores e todos continuam firmes, fortes e saudáveis e, seguramente, muito melhores em suas ocupações atuais. Na ocasião, antes que eu me tornasse “a bola da vez”, tratei de colocar o currículo no mercado e acionar o meu círculo de relacionamentos. Não tenha dúvida que, antes de chegar o meu dia, tive a felicidade de antecipar a notícia para o chefe e já estava de malas prontas para outro emprego.

Todos os dias, em todas as empresas e em todos os lugares do mundo, alguém é “a bola da vez”. Talvez nesse exato momento você esteja sendo cogitado para ser “a bola da vez” e nem saiba, pois, geralmente, essa decisão ocorre nos bastidores, nas mesas de bares, nos elevadores, nos banheiros ou ainda na calada da noite, quando as pessoas estão se descansando para mais um dia de trabalho.

Se você for “a bola da vez”, não se preocupe. Todas as pessoas que estiveram em situação semelhante e tomaram atitudes para enfrentar o problema, sobreviveram e prosperaram. Nada é para sempre, portanto, um dia no vale, outro na crista. Por experiência própria, digo que você vai sobreviver e aproveitar novas oportunidades surgirão ainda que você precise dar um passo para trás, a fim de ganhar impulso, para, em seguida, dar dois para frente, mais confiante. Portanto, continue estudando, trabalhando muito e caminhando.

Por outro lado, pare de sofrer por antecipação e de aceitar a derrota antes da hora. Chefes, colegas de trabalho e colaboradores são tão frágeis quanto você e, como seres humanos, padecem dos mesmos males: insegurança e falta de confiança em si mesmo; portanto, uma atitude positiva será sua maior vantagem.

Em vez de pensar em ser “a bola da vez”, pense num emprego melhor, numa promoção ou na possibilidade de se tornar um grande empreendedor. As maiores oportunidades estão enrustidas nas maiores dificuldades. Mude o foco e a maneira de encarar o problema e novas perspectivas se abrirão. O que um homem faz, isso ele tem, dizia Emerson.

Pense nisso e seja feliz!

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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