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Todo Natal é assim, tentamos fazer o bem, que durante o ano todo, não fizemos a ninguém. Esses versos encerram um antigo poema de minha autoria, escrito há 5 anos, quando eu ainda vivia os últimos resquícios da minha produção poética, não que eu tenha deixado de ser um bardo na essência, porém a prática poética, no sentido literal da palavra, é arte para poucos privilegiados.

De fato, eu não quis esperar a morte para, talvez um dia, ser reconhecido. Acabei enveredando por encostas menos íngremes. Ser poeta aos 18 é fácil; ser poeta aos 80 é outra história.

Algumas experiências negativas pelas quais todos nós passamos durante determinada fase da vida são difíceis de apagar da memória. Nos primeiros anos da minha infância e até mesmo em alguns da adolescência, o esforço do meu pai era visível no sentido de proporcionar um Natal digno para a família. Entretanto, por mais que tentasse e a simplicidade fosse algo aceitável, ele sempre trazia à tona, no dia de Natal, sua própria infância marcada por uma sucessão de acontecimentos infelizes, o que, por sua vez, colocava todo o seu esforço e, principalmente, o da minha mãe, por água abaixo.

O desfecho era irreversível. A ceia acabava no meio e, por razões óbvias, minha mãe colocava a gente para dormir mais cedo. Os brinquedos, geralmente um carrinho de plástico ou uma bola para mim e uma pequena boneca para minhas irmãs, dormiam conosco debaixo do cobertor, à espera do dia seguinte, embora o simples ato de recebê-los fosse suficiente para estampar uma sombra de felicidade no meu rosto.

Nossa maior alegria era quando as tias, irmãs de minha mãe, anunciavam que iriam passar o Natal conosco e no dia apareciam cheias de malas e sacolas carregadas de presentes. Basta testemunhar a felicidade e a ansiedade dos nossos filhos, sobrinhos e netos diante de uma árvore de Natal rodeada de presentes, além de a casa repleta de gente para abraçá-los, beijá-los e, de quebra, ainda apertar suas bochechas, como fazia minha tia Helena, que já partiu há algum tempo para o andar de cima.

Decorridos mais de 30 anos desses acontecimentos, penso que não há dinheiro no mundo que compense a ausência de companhia e de alegria quando estas são os principais ingredientes de uma festa. Foram necessários muitos Natais para a família recuperar a auto-estima e transformar uma sucessão de tristezas em corrente de alegrias.

Leva tempo para descobrir o quanto somos ricos, dizia Emerson, grande pensador norte-americano. Na medida em que o tempo vai passando, ficamos mais fortes, mais determinados, mais tolerantes, menos amargos. O tempo é implacável e aos poucos vai quebrando a nossa dureza de espírito, a contragosto. Com ele aprendemos que as adversidades são inerentes ao ser humano e só nos fazem crescer. Sem elas, a vida seria uma cruel monotonia.

Existem pessoas que preferem viver afogadas em mágoas, lamentando o passado que o presente já não conserta mais, cujas lembranças tendem a torná-las amargas, infelizes, incapazes de perdoar. O passado é apenas um obstáculo como tantos outros que ainda virão e, embora a vida seja dura e por vezes injusta, ela é uma sucessão de lições que devem ser vividas para serem aprendidas.

O que ficou para trás serve somente para entendermos o momento presente e o que se projeta para o futuro, caso nossas atitudes não mudem.

Pense nisso e seja feliz!

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Olá! Seja muito bem-vindo! Sou Administrador, Coach, Mentor, Professor Universitário para Cursos de MBA e Palestrante com mais de 40 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande porte, além de ser…

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